GRANDES MÚSICOS E O GÊNIO

Nesses anos todos,, conheci e toquei com muita gente, uma benção! Trabalhar com música é demais. Tive o prazer de tocar por quase dez anos com Kiko Freitas, o maior baterista do mundo pra mim, mas também toquei com Marius Rodrigues , Davi Sá e hoje com Luke Faro, o cara que melhor compreendeu minhas músicas. Toquei com muitos baixistas, mas sempre destaco o Mujeiko e o Rodrigo, músicos de excessão pra mim, muito mais músicos do que propriamente técnicos de seu instrumento. Dos guitarristas nem se fala, toquei com Júlio "Chumbinho " Herlein, e todo mundo que teve essa chance deve encher a boca quando fala disso. Paulinho Fagundes, um grande artista. Angelo Primon, um artesão de sons , texturas, grande figura. Nunca posso esquecer de Clóvis Alegre e Pedro Tagliani, base de minha formação. Convivi por dias com os irmãos Luiz e Mou Brasil, e isso não tem preço. E aprender com Jr. Tostói e João Erbetta sobre sons e texturas foi uma dádiva, até porque é o que mais tenho feito ultimamente, tentar tocar bem como eles. E tocar com Vitor Peixoto e Michel Dorfman, quanto vale isso??

Ou seja, se parasse hoje, já teria valido a pena, muito.

Mas nesses anos todos duas opiniões regeram o que penso de minha minha música. A primeira é de um grande professor e guitarrista, Paulo Supekóvia. No meio de uma aula perguntei se tal coisa podia. Ele me respondeu:

"Pode tudo, depois tu arruma uma explicação, mas nunca deixa de fazer algo que tu tá sentindo em tua música por causa de regras escritas!"

Perturbo meus companheiros de bandas por causa dessa frase, os formalismos são totalmente abandonados em muitos momentos em minha história.

A segunda frase/texto é do grande STING, junto com PAT METHENY , minha base total de influência. Compro seus discos e DVD's sem ouvir. Pra mim, o Sr. Gordon Sumner é o grande artista dos últimos cincoenta anos. Seu texto, que me rege muito, é o seguinte:

"A maioria das formas musicais estão sendo categorizadas. Isto é country, isto é gospel, música negra, música urbana, rockn’roll. Eu desprezo essas categorias. Quanto antes nos livrarmos disso, melhor. Eu não quero confundi-las. Não sei como categorizar minha música. Pra começar, não quero ser categorizado. Meu trabalho é evitar essas categorias e combatê-las.
Creio que a música pop deveria ser uma grande união, ou seja , ela pode sair de qualquer fonte: música clássica, jazz, literatura, história, em tudo que está o homem está a música pop. Os críticos dirão que não pode ser isso.

E desculpem, eles estão errados!!!!"