Wednesday, July 05, 2006

ADRIANA DEFFENTI NA APLAUSO

Post rápido com o texto do Juarez Fonseca sobre o disco da Adriana. Também posto lá no fim mais duas fotos do Rio. Eram pra ser no Post anterior mas o blog não aceitou, vai entender!!!

Olho nelas

Estamos apenas no meio do ano , mas já tinha para mim que dificilmente alguém tiraria de Marcelo Delacroix, com Depois do Raio título de melhor disco feito no Rio Grande do Sul em 2006. Mas ouvi a prova do CD de Adriana Deffenti que deve sair em julho, e balancei. É um espanto!!! Ia escrever que desde Elis Regina e Adriana Calcanhoto não ouvia algo tão bom e tão completo vindo de duma cantora gaúcha, mas poderiam me chamar de exagerado.Afinal, embora cante desde 1988, ainda nem se pode dizer que Adriana Deffenti tinha uma carreira. Sua trajetória é oscilante, não por falta de qualidade, mas de fluência. Ela se deu conta disso, “ não sabia o que fazer da carreira”, e em janeiro do ano passado foi conversar com o guitarrista , produtor e levantador de astrais Marcelo Corsetti, com quem fizera em 2002, o primeiro disco Peças de Pessoas. Começou então a formatar um repertório testado três meses depois, no auditório da Livraria Cultura, com uma reveladora surpresa: tiveram que fazer sessão extra , e mesmo desta ficaram de fora umas 60 pessoas. O sucesso impulsionou a gravação do disco em junho, no estúdio de Corsetti, o Tec Áudio, um dos melhores de Porto Alegre. “ Fui fazendo pelo que eu tinha vontade de fazer, eu só queria que ficasse bonito, nem deu tempo de pensar se iria funcionar” , diz Adriana.
A voz dela ficou ainda mais bonita, a emissão é irretocável. Sua maturidade faz com que as músicas teoricamente desconexas pareçam feitas para ela, que mostra assim talento para garimpar e misturar coisas boas, o que é raridade hoje na música brasileira. Aliás , Deffenti já não pode ser classificada como uma cantora pop, ou de MPB, ou “eclética”. Tornou-se uma cantora que dispensa rótulos. E os músicos e arranjos fecham à perfeição com a idéia de delicadeza e universalidade. São quase sempre ótimos violões de Marcelo Corsetti e Ângelo Primon ( também viola caipira e sitar) e a percussão do bamba paulista Caito Marcondes, com algumas inserções de baixo acústico, violino, violoncelo.
O disco tem canções da musa portuguesa Maria João, de Herbert Viana, de Luiz Tatit (a saborosa Capitu), dos argentinos Leguizamon/Castilla e Gustavo “ Soda Stereo” Seratt, do uruguaio Eduardo Mateo ( essas todas cantadas em espanhol) , e dos gaúchos Otávio Santos, Raul Elwanger, Nei Lisboa e Vitor Ramil. De Otávio ela escolheu o samba – canção Assim que Brinco, de Raul, a praieira Tem Tainha; de Nei, a clássica Berlim Bonfim ( que brinca de ser tango e samba); e de Vitor, Foi no Mês que Vem.
Oito anos de palco e estudos de canto estão plenamente justificados. O CD sai pela Orbeat Music, que até agora só havia lançado rock e regionalismo. Antes tarde do que nunca.
JUAREZ FONSECA

ps .: sem fotos,, o blog não deixa mesmo,,, fazer o que???????

2 comments:

Leonardo Jr. said...
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Leonardo Jr. said...

Pô Marcelão, muito legal, hein!!?? Parabéns!! Assim que der quero escutar esse trabalho!