Monday, May 18, 2009

IMPRENSA E O APRISIONADOR TWEETANDO

Então, há alguns meses escrevi um post sobre o que considerei covardia dos nossos jornalistas culturais. Recebi comentários de vários jovens jornalistas que conheço, estudantes, recém formados e alguns já estabelecidos, dando apoio ao escrito. Usaram termos como farsa em que se transformou o jornalismo cultural entre outros. Me alegra ver que talvez nem tudo esteja perdido. Pois bem, semana passada dando uma rastreada em blogs que falavam de futebol , me deparei com um texto muito bem escrito e real. O blog é do Maurício Stycer ( http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/) e o texto eu posto logo abaixo, real efetivo e verdadeiro, infelizmente:

COMO A COLUNA SOCIAL ENGOLIU O JORNALISMO CULTURAL!!!

Autor da biografia “Walt Disney, O Triunfo da Imaginação Americana” (Novo Século, 944 págs., R$ 90), lançada em 2006 e recém-publicada no Brasil, o escritor e jornalista Neal Gabler publicou em 1998 um estudo pouco comentado, mas muito interessante, chamado “Vida, o Filme”.

Com o subtítulo “Como o entretenimento conquistou a realidade, “Vida, o Filme” (lançado pela Companhia das Letras, hoje esgotado) tenta reconstituir o processo, do ponto de vista de um americano, ao longo do qual “a cultura se submete à tirania do entretenimento e a vida se tor

na um filme”.

Alguns anos antes do surgimento dos reality shows, Gabler escreveu:

“A transformação da vida num veículo de entretenimento não poderia ter dado certo, no entanto, se aqueles que assistem ao filme-vida não tivessem descoberto o que os primeiros produtores de cinema já tinham descoberto anos antes: que as platéias precisam de algum elemento de identificação para que o espetáculo as envolva de fato. No cinema, a solução foram as estrelas. Para o filme-vida são as celebridades”. 

O livro de Gabler ajuda a entender como o jornalismo cultural foi engolido pelo jornalismo de celebridades – como a vida pessoal dos artistas se tornou mais importante que a obra deles. No esforço de chamar a atenção para o seu trabalho, escritores, músicos, artistas plásticos deixam de lado o que produziram e se vêem obrigados (às vezes com prazer) a fazer todo tipo de micagem para aparecer. O jornalismo cultural, assim, foi parar na coluna social.


O APRISIONADOR TWEETANDO

Foi com surpresa que li uma entrevista, semana passada, de um artista local com quem trabalhei . Eu e um grande amigo fomos citados, sem ser citados. Devido a um certo susto que tomei, resolvi tweetar aqui no blog. 

Se isso fosse um tweeter hoje sairia:

- QUEM PRECISA DE EQUILÍBRIO, DESEQUILIBRADO ESTÁ, OU É!!!

- UMA GUINADA DE UMA SITUAÇÃO DE SUCESSO, SÓ PODE SER PARA PIOR!!!

abs e até breve, não esquecendo que quarta tem show do  REALIDADE PARALELA (longoni+primon+faro+corsetti) no ESPAÇO VONPAR DO THEATRO SÃO PEDRO - 19 HORAS.

1 comment:

Poliana Pasa said...

É tudo verdade. Sobre o pseudojornalismo cultural, sobre as colunas sociais e sobre o equilíbrio também - ou a falta dele.

Abraço!